Um chamado para a reconexão feminina e o poder sagrado da mulher
- Mayara Rosa Gonçalves
- 19 de abr. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 7 de fev. de 2022
Desde o princípio, em todos os cantos do mundo, como primeiras divindades cultuadas eram femininas (A Grande Mãe). Fato comprovado através das inúmeras imagens exibidas nos locais arqueológicos, que representam a fertilidade, através dos símbolos da mulher e da Terra.

Com o início da supremacia patriarcal da figura feminina, foi reprimida, gerando reflexos nas religiões, valores culturais e sem papel dentro da sociedade, sendo esta retirada dos movimentos sociais, políticos e artísticos.
Além da desvalorização da essência feminina, ligada aos cuidados com a saúde, educação e espiritualidade, houve priorização de valores externos, física e materiais. Estigmas que carregam até hoje, observados nas cenas de violência e abusos ou na desigualdade salarial e preconceitos em áreas profissionais.
Contudo, podemos observar os sinais de retomada do poder feminino através de uma nova consciência que surge junto com movimentos feministas, estes partem em defesa da reintegração de mulheres nas decisões da sociedade, lutando pelos seus direitos como cidadãs e seres humanos, além de promover seu lugar dentro de uma sociedade igualitária.
Voltando à essência da mulher, sua Deusa interior, por vezes esquecida. Deusa essa cultura através de elementos da natureza: a Mãe Terra na sua plenitude, expressa através do solo e da água, que serve alimentos e alimentos, animais e plantas, que agradam com sua presença. Ou como Lua e suas fases, seu poder e luz. Também adorada através de divindades religiosas, cada uma com suas características.
O chamado para sagrado feminino ocorre naturalmente em muitas mulheres, principalmente aquelas que sentem falta de sua essência, ou algo que não sabe o que é o nome ainda, aquelas que não se adaptam como rotinas, modismos e regras impostas para o gênero.

“O sagrado feminino é uma espiritualidade feminina e não depende de nenhuma religião antiga, presente ou futura, mas pode estar instalado em todas as religiões […] Não tem dogmas, regras ou religião religiosa ou moral (mas tem ética natural) das quais se precisa acreditar e cumprir. O ideal é que acredite na feminilidade sagrada existente em todas as mulheres, mesmo que ela tenha sido reprimida […] Por isso, a mulher deve aprender a escutar sua própria voz (a sua guia, mãe ou deusa interior) e seguir esse poder. O próprio 'feminino essencial' integra todos os arquétipos femininos e seus sub arquétipos […] Quando uma mulher passa a enxergar em si essa manifestação da própria Mãe Terra, Mãe Natureza, o arquétipo da geradora e nutridora, ela percebe em seus ciclos iguais aos da terra, entende e fica receptivo à grande energia criativa e fértil que flui no corpo e na mente. Isso começa a mudar sua consciência, sua autoconfiança, estimar automaticamente e seu poder interior. Esta é uma grande força do sagrado feminino, fazer emergir a essência, redescobrir a história, a cultura, a sabedoria e o poder ancestral esquecido. Fazer uma mulher se familiarizar com a essência divina interior, compreender e aceitar os ciclos naturais do seu corpo, sua mente e sua alma.Como as mulheres que seguem essa antiga e eterna tradição ou 'sabedoria natural', incluem a intuição, cura, interação, energias cíclicas de criação, sustentação e transformação, conexão com as forças da natureza, habilidades e consciência superior; interromper os padrões e alterar as raízes e propor propostas superiores da feminilidade auxiliar e promover a cura do planeta e do coração humano, auxiliar nessa nova vibração e ciclo evolutivo planetário.Uma mulher integrada à sua idade sagrada feminina sabe que ela e todos fazem parte de uma mesma teia planetária e cósmica […] Com o reconhecimento da sagrada feminilidade, esta mulher percebe a necessidade de estar reunida a outras pessoas que, juntas, fazem os propósitos mais altos. Desta forma, ela é atraída pela energia poderosa do sagrado feminino, da shakti que é a mulher mais consciente […] e poderosas que podem transformar o mundo externo e ajudar a transformar o mundo interno.O reencontro com um guia, uma mãe ou Deusa interior, ou seja, com o sagrado feminino, uma feminilidade sagrada ou essencial é uma tradição natural herdada por todas as mulheres, mesmo que elas ainda estejam negativas ou distorcidas. É o sexto sentido 'feminino', uma inspiração, uma canção divina, ou um chamado para 'magia' pura, uma premonição, o poder de um oráculo, o poder de cura, a autotransformação, a luz, o calor, o impulso de incluídas, de plenitude. ”- Texto adaptado de O Sagrado Feminino.

Essa união com a essência é responsabilidade de todos, homens ou mulheres, mas vale ressaltar a importância daquelas que são a conexão mais próxima com o plano sutil.
As mulheres fortes que podem gerar uma grande transformação e contribuir nessa fase de expansão coletiva da consciência, ajudam a despertar sentimentos e espíritos para ações que auxiliam na cura e na transmissão de feridas geradas pelo separador e discriminação. Devemos lutar, de forma sábia, pela parceria entre todos os seres, abolir a violência, dominação, competição ou discriminação, contra qualquer forma ou gênero. Use este poder natural para promover a união e contribuir para a evolução planetária.
Saudamos todas como mulheres que habitam em nós, mulheres Filhas da Terra, Lua, Bruxas da Idade Média, Maria ou Iemanjá, Sereias e Fadas. Filhas de Kali, Durga ou Parvati. Filhas de Atenas, Ísis ou Gaia. Filhas de diferentes e diversas divindades e aspectos femininos. Todas as Filhas da Grande Mãe.
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